sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Relatório do UNICEF sobre situação da adolescência

Investimento na adolescência pode romper ciclos da pobreza e iniquidade

Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL

Investir na proteção e no desenvolvimento da população mundial de 1,2 bilhão de adolescentes pode romper ciclos de pobreza e iniquidade, segundo o relatório global do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) "Situação Mundial da Infância 2011 – Adolescência: Uma fase de oportunidades”.

O relatório aborda a adolescência como um período de oportunidades, invertendo a lógica que costuma reduzi-la a uma fase de riscos e vulnerabilidades. O estudo, que contou com a participação de jovens e adultos interessados na temática, traça um panorama da adolescência hoje, abordando direitos e desafios enfrentados pelos jovens e apontando áreas em que os adolescentes mais precisam de investimentos, como saúde e educação.

Nove em cada dez jovens vivem no mundo em desenvolvimento e enfrentam desafios particularmente graves, que vão desde adquirir educação até simplesmente sobreviver. As dificuldades são ainda mais exacerbadas para meninas e mulheres jovens.

"Será que podemos deixar passar o tempo? Neste exato momento, na África, uma adolescente avalia os sacrifícios que precisa fazer para permanecer na sala de aula. Outro adolescente tenta desesperadamente não ser obrigado a juntar-se a grupos armados. Na Ásia Meridional, uma jovem grávida, aterrorizada, espera o dia em que, sozinha, dará à luz seu filho", descreve o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake, que, mesmo diante deste cenário nada acalentador, conclama todos a agir por mudanças.

Segundo a publicação, investimentos realizados nas duas últimas décadas permitiram grandes avanços para os períodos inicial e intermediário da infância. Entre os avanços alcançados desde 1990, está a redução de 33% na taxa global de mortalidade de menores de cinco anos e a eliminação quase total das diferenças de gênero nas matrículas na escola primária em diversas regiões em desenvolvimento.

No entanto, menos avanços foram observados em áreas que afetam os adolescentes. Mais de 70 milhões de adolescentes em idade de frequentar os anos finais do ensino fundamental estão fora da escola. No Brasil, as reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 significam que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças; no entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados.

De acordo com o relatório, as conquistas obtidas na primeira década de vida podem se tornar sustentáveis com políticas nacionais e programas específicos que ofereçam aos adolescentes acesso à educação de qualidade, saúde e proteção. Lake reforça que a adolescência é uma fase decisiva, pois o jovem pode consolidar os ganhos da primeira infância ou perdê-los. "Precisamos concentrar mais intensamente os nossos esforços nos adolescentes – principalmente nas meninas adolescentes –, investindo na sua educação e saúde e em outras medidas para envolvê-los nos processos de melhoria de sua própria vida”, declarou.

Situação da adolescência no Brasil

Além dos dados sobre o Brasil incluídos no relatório, o UNICEF também divulgou o Caderno Brasil, publicação que contextualiza para a realidade brasileira as reflexões e dados do relatório global. Para contribuir com a temática, o UNICEF pretende ainda este ano lançar um relatório sobre a situação específica dos adolescentes no Brasil, com foco nas iniquidades, desafios e oportunidades.

O Brasil conta com uma população de mais de 21 milhões de adolescentes. 30% dos seus 191 milhões de habitantes têm menos de 18 anos e 11% da população possui entre 12 e 17 anos.

Em consonância com o relatório mundial, a situação dos adolescentes no Brasil demonstra que atualmente as oportunidades para sua inserção social e produtiva ainda são insuficientes, tornando-os o grupo etário mais vulnerável em relação a determinados riscos, como o desemprego e subemprego, a violência, a degradação ambiental e redução dos níveis de qualidade de vida. As oportunidades são ainda mais escassas quando são levadas em consideração outras dimensões da iniquidade além da idade, como renda, condição pessoal, local de moradia, gênero, raça ou etnia.

Leia o relatório global e do Caderno Brasil na íntegra em: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_19830.htm 

***
Confira também o Mapa da Violência 2011 - Os jovens do Brasil: http://www.sangari.com/mapadaviolencia/pdf2011/MapaViolencia2011.pdf

Destaca-se nesse estudo os índices de suicídio de jovens (principalmente de indígenas), de mortes por acidentes de trânsito e o aumento da violência nos municípios do interior do Brasil. O Paraná continua liderando o ranking de mortes juvenis por homicídio.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cursos sobre a temática da violência contra crianças e adolescentes

- Lançamento da 4ª turma do curso a DISTÂNCIA de pós graduação “ Metodologia de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes” realizado em parceria com a PUC-PR.(curso reconhecido pelo MEC) Matrículas abertas pelo site: http://www.pucpr.br/ (PEDIMOS QUE NOS AJUDEM NA DIVULGAÇÃO)

Porém isso é só o começo...

Estamos realizando uma reforma no nosso site: http://www.cecovi.org.br/, que será inaugurado em março/2011 com novos materiais e pesquisas científicas voltados para a área da violência contra a criança e o adolescente, com conteúdo totalmente gratuito.

Vamos ofertar a partir de ABRIL/2011 (em nosso site) cursos ON LINE com a seguinte grade curricular:

CURSO 1 - Enfrentamento Violência doméstica contra Crianças e Adolescentes (185 h/a)

1) Compreensão histórica do fenômeno
2) Perfil do profissional (profissional perigoso, profissional competente, síndrome Burnoud, etc)
3) Violência física (características, grupo de risco, perfil vítima, perfil agressor, etc)
4) Violência sexual intrafamiliar (características, grupo de risco, perfil vítima, perfil agressor, etc)
5) Violência psicológica (características, grupo de risco, perfil vítima, perfil agressor, etc)
6) Negligência (características, grupo de risco, perfil vítima, perfil agressor, etc)
7) Sistema de garantia de direito (centros de defesa, conselho tutelar, delegacia de polícia, judiciário, etc)
8) Legislação (crimes ligados à área da violência doméstica contra crianças e adolescentes)
9) Tarefas intermediárias:
· Guia de defesa da criança e do adolescente
· Projeto de prevenção ao fenômeno
· Resenha (livro ou filme)
· Promoção de uma palestra preventiva para comunidade
· Pesquisa sobre infanticídio indígena

CURSO 2 - Bullying (185 h/a)

1) Compreensão histórica do fenômeno
2) Perfil do profissional(profissional perigoso, profissional competente, síndrome Burnoud, etc)
3) Diagnóstico (modalidades de bullying, características, grupo de risco, perfil vítima, perfil do agressor, etc)
4) Política de prevenção ao fenômeno dentro da escola
5) Política de enfrentamento direto ao fenômeno (conselho tutelar, delegacia polícia, judiciário, etc)
6) Responsabilidade penal do autor do bullying
7) Responsabilidade civil do autor do bullying e da escola
8) Tarefas intermediárias:
· Guia de defesa da criança e do adolescente
· Projeto de prevenção ao fenômeno
· Resenha (livro ou filme)
· Promoção de uma palestra preventiva para comunidade

CURSO 3 - Funcionamento do atendimento em rede à criança e o adolescente vítima de violência numa perspectiva multidisciplinar (32 h/a);

1) Atendimento jurídico
2) Atendimento social
3) Atendimento psicológico

CURSO 4 - Pedofilia (185 h/a)

1) Compreensão histórica do fenômeno
2) Diagnóstico (características, desconstituição de mitos, perfil vítima, perfil do agressor, etc)
3) Sistema de garantia de direito ( conselho tutelar, delegacia de polícia, judiciário, etc)
4) Legislação (crimes ligados à área da pedofilia)
5) Tarefas intermediárias:
· Guia de defesa da criança e do adolescente
· Projeto de prevenção ao fenômeno
· Resenha (livro ou filme)
· Promoção de uma palestra preventiva para comunidade

CURSO 5 – Exploração sexual comercial (185 h/a)

1) Compreensão histórica do fenômeno
2) Diagnóstico (características, desconstituição de mitos, perfil vítima, perfil do agressor, etc)
3) Sistema de garantia de direito ( conselho tutelar, delegacia de polícia, judiciário, etc)
4) Legislação (crimes ligados à área da exploração sexual comercial)
5) Tarefas intermediárias:
· Guia de defesa da criança e do adolescente
· Projeto de prevenção ao fenômeno
· Resenha (livro ou filme)
· Promoção de uma palestra preventiva para comunidade

Para o 2º semestre estaremos lançando:

Escola de Pais: a Escola de Pais é um treinamento de 16 h/a (ministrado em um final de semana) capacitando agentes multiplicadores que queiram implantar programa preventivo à violência contra crianças e adolescentes direcionado à família.

Para mais informações, entre em contato:

Maria Leolina Couto Cunha
Coordenadora Nacional - Cecovi

--

Cecovi - Centro de Combate à Violência Infantil
Caixa Postal 4247
Cep: 82.501-970 - Curitiba - PR
Fone/fax: 41 - 3363-5089

Enviado por Jurandir do Carmo Oliveira.

Plugado! e a formação pelas artes

Projeto mantido pela Itaipu Binacional e a Casa do Teatro inicia novo ciclo de formação.

Transformar adolescentes e jovens em agentes culturais e ajudar a prepará-los para a vida. Com este objetivo, o projeto Plugado – Canais Ligados na Cultura! está realizando o terceiro ciclo de formação continuada. O programa é desenvolvido pela Casa do Teatro e a Itaipu Binacional, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), mantido por esta empresa de energia elétrica.

Os participantes desta etapa formativa são quarenta jovens, de dez escolas da rede pública estadual de educação, que atuam como multiplicadores em suas respectivas instituições de ensino, repassando gratuitamente técnicas de teatro, dança e cidadania a outros oitocentos estudantes.

Neste ciclo, realizado no Centro de Convivência Escola-Bairro do Jardim São Paulo, o projeto Plugado! irá oferecer trinta dias de estudos, pesquisas e trocas de conhecimentos sobre teatro e dança. Além disso, os participantes recebem conteúdos de participação social e protagonismo juvenil, com ênfase na prevenção e enfrentamento da violência.

O objetivo desse processo de formação é qualificar os agentes culturais com competências e habilidades artísticas, culturais e sociais necessárias para a replicabilidade das ações do projeto, permitindo a reprodução das atividades e a manutenção das ações nas escolas que recebem a iniciativa. Este é o terceiro ciclo que os beneficiários do projeto participam. A equipe de instrutores é formada por arte-educadores, artistas e uma pedagoga, todos profissionais do projeto.

Como explica Arinha Rocha, coordenadora geral do projeto, durante os encontros são trabalhados temas relacionados às artes e também sobre o relacionamento entre as pessoas. “Queremos que os agentes culturais ajudem a fazer do ambiente escolar um espaço de vivência por completo, onde os jovens tenham interação e promovam a coletividade. Para isso, usamos a arte como instrumento”, conta Arinha.

O projeto Plugado! é realizado desde o final do ano de 2009 e se constitui em uma das experiências de formação artística e cultural mais efetiva e duradoura do município. De forma permanente, ao longo de todo o ano, são realizadas oficinas de teatro e dança nas dez escolas atendidas, além da realização periódica de cursos envolvendo temas como produção de vídeo, novas mídias e comunicação cidadã. Ao final de cada semestre, os participantes reúnem os resultados da intervenção, durante a Mostra da Cidadania. Em sua última edição, realizada no final do ano passado, foram quatrocentos protagonistas e cerca de trinta trabalhos apresentados.

Plugado! inclui também a produção de encontros e fóruns que tratam de temas de interesse da juventude. Já a metodologia denominada “Rodas de Conversas”, que integra o programa, são terapias coletivas onde os estudantes debatem e refletem sobre conflitos do cotidiano e abordam temas como violência, sexualidade, preconceito, entre outros assuntos relevantes.

Para Gládis Mirtha Baez, coordenadora do PPCA e gestora de projetos da Itaipu Binacional, as ações do projeto Plugado! se somam a outras iniciativas da empresa que visam o fortalecimento do sistema de garantia dos direitos da infância iguaçuense. “A empresa tem como visão estratégia o investimento em programas voltados para crianças, adolescentes e à juventude. Plugado! está inserido neste contexto, buscando oferecer oportunidades e elevar a qualidade de vida desta população”, resume Mirtha.

A VIDA EM MOVIMENTO – Entre os “Plugados!”, alguns participarão do ciclo de formação pela primeira vez. Eles ocupam as vagas deixadas por outros jovens que deram novos passos na vida profissional ou estudantil. É o caso, por exemplo, de Patrick Delgado, 18 anos, estudante do Colégio Estadual do Barão do Rio Branco, que assumiu o lugar de seu colega, Thiago Lisarte, que deixou o projeto para cursar o ensino universitário, em Curitiba.

Para Patrick, a formação começa com empolgação e expectativa, já que os conteúdos servirão para o seu novo desafio, que é o de repassar as técnicas para outros estudantes de seu colégio. “Pretendo coletivizar todo o conhecimento, pois, quando as pessoas fazem as coisas juntas, tudo fica mais fácil. Aprendemos a o compreender o outro, a conversar a se respeitar. E nesse processo, a arte é fundamental já que ela humaniza o homem”, reflete o estudante, que toca velhas canções de rock and roll e de MPB em seu violão, sempre em uma roda de colegas.

O jovem lembra que já era um dos participantes das oficinas de teatro desenvolvidas pelo Plugado! em sua escola e durante a Mostra da Cidadania de 2010 encenou o espetáculo “Rosa do Povo”.

Já Thiago Lisarte, que acaba de se despedir do projeto, está iniciando um novo momento de sua vida, mas pretende manter-se ligado à produção artística e cultural. No início do ano, o estudante iniciou o curso de Letras na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Antes, porém Thiago já havia sido aprovado em primeiro lugar neste mesmo curso, no vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

“Quanto entrei no projeto, imaginava que ele iria acrescentar algo em minha vida. Só depois vi que iria muito além do esperado, me ajudando em minha relação com as outras pessoas e no entendimento sobre a realidade”, afirma Thiago, agora busca formação acadêmica para continuar atuando na arte, principalmente, na produção literária e de textos, de um modo geral.

No início do mês de março, o projeto Plugado! irá começar a desenvolver as atividades artísticas nas escolas participantes do programa.

Enviado por Simone Gonçalves Pereira.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estudo revela dimensão de maus tratos infantis no Paraguai


Tatiana Félix
Jornalista da Adital

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou, no ano passado, os índices sobre maus tratos e violência contra crianças e adolescentes paraguaios, através do "Estudo sobre maltrato infantil no âmbito familiar – Paraguai". A pesquisa realizada em 2009, em 12 departamentos do país, avaliou a dimensão real do problema, os principais motivos, manifestações e consequências deste tipo de violência, e deve contribuir para a criação de políticas públicas e estratégias de prevenção e apoio às vítimas.

De acordo com o estudo, o lar deveria ser o local de abrigo e proteção para crianças e adolescentes, mas, com frequência se transforma em um espaço de violação de direitos. Prova disso é que 61% das crianças e adolescentes, entrevistados pelo Unicef, disseram ter sido vítimas de algum tipo de maltrato por parte de seus familiares mais próximos.

35% dos menores afirmaram terem sido vítimas de violência física grave, enquanto 13% foram vítimas de violência física leve. Outros 13% dos entrevistados relataram ter sofrido violência psicológica, como insultos, ameaças de abandono e outros. Segundo a pesquisa, mais da metade das crianças e adolescentes entrevistadas (52%) relataram que começaram a sofrer maltrato entre os 3 e 5 anos de idade.

O Unicef observou também que os pais e mães que mais maltratam seus filhos são aqueles que têm um nível mais baixo de escolaridade, e que quanto maior o nível acadêmico, menor é o nível de violência contra os filhos e filhas. A diferença no índice entre pais e mães universitários e os pais e mães sem formação escolar, que maltratam seus filhos, varia cerca de 30%.

Também foi observado que os casais que se agridem são os que mais empregam algum tipo de maltrato contra seus filhos e filhas. Desta forma cria-se um clima de hostilidade familiar propício à violência. Foi constatado ainda que as mulheres deixam de maltratar seus filhos e filhas à medidas que estes crescem, enquanto os homens continuam castigando seus descendentes ao longo do tempo.

O estudo também revela uma variante em relação ao sexo. De acordo com os dados coletados, os meninos sofrem mais maus tratos físicos graves do que as meninas, enquanto as meninas sofrem mais maus tratos psicológicos do que os rapazes. A pesquisa afirma que o maltrato infantil é uma prática cultural presente em todas as classes sociais.

Apesar de ser um ato de violência, 53,4% das crianças e adolescentes entrevistados consideram que o castigo físico é útil para sua própria formação. Eles relataram que são castigados por desobedecerem seus pais, por faltarem com respeito ou por fazerem ‘coisas proibidas'.

Por isso, eles consideram normal que seus progenitores os castiguem. Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados classificou a relação com seus pais como boa ou muito boa, e apenas 2,7% das crianças e adolescentes maltratadas denunciaram a violência sofrida para algum órgão responsável.

De acordo com o estudo, isso indica que existe uma relação estreita entre a naturalização da violência, o desconhecimento dos direitos e das instâncias de denúncia. Além disso, denunciar uma pessoa próxima, com a qual possui laços afetivos, é difícil para os menores, avalia a pesquisa.

"Esta justificação do maltrato ou naturalização da violência leva à aceitação desta forma de relacionamento e a sua reprodução. A aprendizagem sobre a paz ou sobre a violência não é um processo teórico, senão vivencial. Os significados sobre amor, solidariedade, respeito e empatia se aprendem nos vínculos mais próximos", analisa o estudo.

A conseqüência dos maus tratos, sobretudo físicos, é uma realidade na vida das vítimas. É comum detectar mal-estar emocional, transtornos variados e dificuldades nas relações interpessoais, nas pessoas que são ou foram vítimas de maus tratos infantis. "Nenhuma forma de violência contra as crianças é justificável e toda a violência é evitável”, ressalta o estudo.

América Latina

Pesquisas indicam que a América Latina e o Caribe, com uma população de mais de 190 milhões de crianças, é uma das regiões que apresenta os maiores índices de violência, afetando, principalmente, mulheres e crianças. No continente, a violência contra os menores de idade acontece dentro da família, através de castigo físico, como uma forma de disciplina, abuso sexual, ou abandono e exploração econômica.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Reunião do CMDCA Foz

CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINÁRIA N.º 01/2011.

O Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no uso de suas atribuições legais, CONVOCA os membros deste para reunião ordinária a ser realizada:

Data: 14/02/2011.
Horário: 08:30 hs
Local: Sala de Reuniões da Secretaria Municipal de Assistência Social de Foz do Iguaçu.

Pauta:

1. Leitura das correspondências RECEBIDAS e EXPEDIDAS;

2. Aprovação da ata extraordinária nº. 01/2011;

3. Ofício Recebido nº. 011/2011 SMAS acerca da Substituição do Coordenador do FUNCRIANÇA;

4. FUNCRIANÇA: Ofício nº. 01/2011 SMFA com informações atualizadas;

5. Apresentação do Relatório de atividade do Programa Atitude (Ofícios nº. 54/2010 e nº. 67/2010);

6. Assuntos Gerais.

André dos Santos
Presidente do CMDCA

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Campanha Funcriança

Campanha arrecadou R$ 100 mil para o Funcriança Valor foi menor que o arrecadado no ano passado; o próximo encontro do conselho, dia 14, definirá repasses às entidades

Mônica Cristina Pinto
Reportagem

A campanha de arrecadação de parte do Imposto de Renda a pagar das empresas ou contribuintes para o FUNCRIANÇA – Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente conseguiu angariar aproximadamente R$ 100 mil. Segundo o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, André dos Santos, o valor total arrecadado foi inferior ao registrado no ano passado. Em 2010, o FUNCRIANÇA arrecadou R$ 335,5 mil, incluindo as doações e também valores relativos aos projetos captados pelas entidades iguaçuenses.

"Na verdade, a arrecadação deste ano foi maior, se considerarmos que no ano passado uma empresa estatal fez doações para duas entidades que, juntas, ultrapassaram os R$ 200 mil", explicou o presidente do conselho. As entidades beneficiadas com estas doações no início de 2010 foram a Guarda Mirim e o Caia – Centro de Atenção Integral ao Adolescente, desenvolvido pela Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida.

André dos Santos explicou que o conselho ainda não tem números detalhados das doações deste ano, que serão apresentados pela coordenação do FUNCRIANÇA até o dia 14 de fevereiro, quando acontecerá a primeira reunião do conselho deste ano. "Vamos avaliar as causas para que os valores arrecadados tenham sido diferentes daqueles apresentados no ano passado", destacou.

Outro assunto que deverá constar na pauta da reunião do conselho será a definição de prazos para os repasses às entidades beneficiadas. "Muitas empresas e contribuintes que fizeram a doação não colocaram o nome da entidade que eles pretendiam beneficiar. Então, vamos ter de aguardar que eles (empresas e contribuintes) enviem o comprovante do depósito informando para qual entidade o recurso foi destinado", ressaltou André dos Santos. Enquanto isso, o conselho tem acesso apenas às informações globais dos valores depositados na conta do FUNCRIANÇA.

Não há prazo limite estabelecido por lei para que as empresas — que destinaram até 1% do Imposto de Renda a pagar — ou contribuintes — pessoas físicas que destinaram até 6% do Imposto de Renda devido — apresentem os comprovantes de depósito determinando para qual entidade desejam que o recurso seja encaminhado. No entanto, os membros do conselho esperam que esses depósitos sejam encaminhados ao conselho até o dia 14. "Não há um prazo estipulado para recebimento desses depósitos, mas na próxima reunião do conselho vamos solicitar que as entidades apresentem as empresas que fizeram a doação, para fazermos esse levantamento", observou.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança funciona nas dependências da Secretaria da Assistência Social, situada na Rua Tiradentes, 353 (próximo da terceira pista da JK).

André dos Santos informou ainda que, pelo FUNCRIANÇA, criado no final de dezembro de 2010, devem ser repassados todos os valores vinculados a projetos de atenção à criança e ao adolescente. "No entanto, até o momento, temos na conta apenas o valor doado por empresas e contribuintes relativo ao Imposto de Renda. Mas a legislação solicita e vamos cobrar isto do órgão gestor, que todos os recursos direcionados à política da criança e do adolescente sejam passados por este fundo", completou.

Dentre as entidades que estão aptas a receber recursos do FUNCRIANÇA estão a AFA (Associação Fraternidade Aliança); Conselho Comunitário da Vila C; Associação Madre Terra; IEDEFI – Instituto de Eco Desenvolvimento; Associação Cristã Bem Viver; LBV – Legião da Boa Vontade; Casa Maria Porta do Céu; Albergue Noturno; Nosso Canto – Centro de Adaptação Neurológica Total; Apasfi – Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Foz; Guarda Mirim; APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais; APMI – Associação de Proteção à Maternidade e à Infância; Creche Nossa Senhora da Conceição; Grupo Teatral Foz; Centro de Nutrição Infantil; Comunidade dos Pequenos Trabalhadores; Pastoral da Criança; Nasa – Núcleo de Ação Solidária à Aids; Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida; Creche Mamãe Carolina; Associação de Proteção à Vida – APROVI; Lar de Apoio à Criança e ao Adolescente; Associação Paranaense de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Associação Viva Bia; Núcleo Criança de Valor; e Instituto Elos.

Edição 6773 da Gazeta do Iguaçu - 03 de Fevereiro de 2011 (enviada por André dos Santos e Jurandir do Carmo de Oliveira).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Manifestação por melhorias no transporte coletivo

O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu convida a todos/as a participar da manifestação por melhorias no sistema de transporte coletivo que acontecerá na próxima quinta-feira, 03/02, às 08h, no TTU.

Obs.: a manifestação está confirmada, mesmo com o anúncio da prefeitura de que as linhas voltarão ao sistema antigo.