sábado, 26 de dezembro de 2009

2010!!!!

Amigos/as,

Desejo a todos/as um final de ano tranquilo... Que 2010 possa trazer novos desafios e com eles também novas esperanças!!!

Agradeço o apoio recebido!

Um grande abraço,

Thiago Lied
Presidente da ONG Advogados pela Infância

PS: Aproveito para informar que voltaremos a nossas atividades normais na 2ª metade do mês de janeiro. Até lá!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conhecendo o Estatuto da associação: Cap. VI, seção III, e Cap. VII

Seção III
Do Conselho Decisório

Art. 24. O Conselho Decisório é formado por Presidente(a), Secretário(a), Tesoureiro(a) e demais associados.

Art. 25. Compete ao Conselho Decisório:
I - formular e executar o programa anual de atividades;
II - apresentar, à Assembléia Geral, as contas e o relatório anual de atividades;
III - decidir sobre a admissão e a exclusão de voluntários e associados, de acordo com os critérios estabelecidos neste Estatuto.

Art. 26. Compete ao(à) Presidente(a):
I – representar ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente, a associação;
II - presidir o Conselho Decisório e a Assembléia Geral.

Art. 27. Compete ao(à) Secretário(a):
I - secretariar as reuniões da Diretoria e Assembléia Geral;
II – substituir o(a) Presidente(a) em sua ausência.

Art. 28. Compete ao(à) Tesoureiro(a):
I - ter sob sua guarda os bens da entidade e administrar as respectivas contas;
II – apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que solicitados;
III - substituir o(a) Secretário(a) em sua ausência.

Art. 29. As decisões do Conselho serão por maioria simples dos votos dos presentes à reunião, resolvido o empate pelo voto do(a) Presidente(a).

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 30. Este Estatuto foi aprovado pela Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 26 de março de 2009, podendo ser reformado a qualquer tempo, na forma do parágrafo único do art. 21, entrando em vigor na data de registro em cartório, da Comarca de Foz do Iguaçu/PR.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente

Conferência define propostas para plano de políticas para infância e adolescência

A 8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente encerrou nesta quinta-feira (10), dia do aniversário de 61 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a definição dos pilares do plano para as políticas públicas para infância e adolescência no Brasil para os próximos dez anos. As propostas aprovadas pelos 1.800 delegados que participaram do encontro nacional, em Brasília, tem como prioridades a educação infantil, ou seja, investir em mais creches e pré-escolas; o enfrentamento da violência contra meninas e meninos, principalmente os castigos corporais; mais estrutura e fortalecimento dos Conselhos Tutelares, além de políticas para reduzir as desigualdades econômicas e sociais.

“A 8ª conferência não termina aqui. Teremos um trabalho no próximo semestre de sistematização destas diretrizes formando então o documento que deverá ser a política nacional com o plano decenal”, afirmou a presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda, Carmen Oliveira, também subsecretária nacional para Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. A partir das propostas aprovadas, o grupo de trabalho, que envolve nove ministérios e consultores do Conanda, finalizará o documento. Haverá ainda um encontro com os conselhos estaduais e municipais e uma consulta pública para agregar sugestões ao plano decenal para a política pública para infância e adolescência. O objetivo é, em julho de 2010, entregar o documento para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também aos candidatos e candidatas à Presidência da República para que assinem um termo de compromisso. “Queremos consolidar os avanços e uma política de Estado que possa garantir e promover os direitos de crianças e adolescente no país ”, salientou a presidente do Conanda.

Nos quatro dias da conferência, os participantes puderam colocar suas reivindicações e propostas discutidas nas etapas municipais e estaduais. Na plenária final definiram o texto das propostas, recomendações e moções que destoaram pouco do que foi discutido nas miniplenárias realizadas no dia anterior.

O fortalecimento dos Conselhos Tutelares, o funcionamento adequado dos Conselhos das Crianças e Adolescentes e o aumento na criação de varas da infância e da juventude mereceram destaque. “Sabemos da dificuldade do judiciário devido ao acúmulo de processos. Com a criação de Varas da Infância e Juventude, teremos mais autonomia com uma linha de raciocínio exclusivo, com juízes e funcionários públicos especializados”, conta Audrei Rodrigues, do Conselho da Criança e do Adolescente de Mogi das Cruzes - SP.

O encontro aprovou, ainda, proposta reiterando o cumprimento da lei 11.525/2007, que exige o ensino do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA nas escolas do ensino fundamental. “Eu acho que isso será fundamental porque o ECA é a base do nosso projeto. Tudo que foi realizado é para que se cumpram as leis”, argumentou Lorena Oliveira, adolescente de Rondônia.

Outros pontos do documento buscam inserir cada vez mais as crianças nos espaços de discussão, por exemplo, na proposta 48: “Efetivar mecanismos para a garantia de participação de crianças e adolescentes em audiências públicas do Poder Legislativo nas três esferas de governo (Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal – contemplando a representação de todos os estados), como convidados/as permanentes com direito a voz, inclusive em suas Comissões Temáticas e Grupos de Trabalho”.

Durante toda conferência também foi discutido o orçamento para que se efetuem tais políticas públicas. Como disse a professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Irene Rizzini, no segundo dia de conferência: “Frequentemente os planos são excelentes, mas eles não são implementáveis porque o orçamento já vem quase todo previsto”. Para isso um dos eixos da conferência inseriu vários pontos como o 59: “Garantir a prioridade absoluta para a criança e o adolescente no ciclo orçamentário (Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual), considerando o princípio do co-financiamento das três esferas de governo, não se admitindo cortes orçamentários, contingenciamentos e remanejamentos para outras áreas que não sejam relacionadas à criança e ao adolescente”. Formas de angariar mais recursos para os Fundos do Direito da Criança e do Adolescente também recebeu atenção do documento.

No encerramento da conferência, subiram ao palco todas as delegações para celebrar mais uma edição do evento. Com uma mistura dos hinos de cada cidade a empolgação contagiou a todos, a exemplo do que ocorrera na abertura do evento. “Temos muito trabalho pela frente e com essa mesma energia que a gente sai para os nossos estados e municípios. Que as cidade dos direitos que fizemos aqui seja também a realidade de vocês”, afirmou o vice-presidente do Conanda, Fábio Feitosa.

8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e Cidade dos Direitos da Criança e do Adolescente – 07 a 10 dezembro de 2009 - Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília/DF

Informações para a Imprensa:
Assessoria de Comunicação – Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH)
(61) 2025. 9805 / 3498 / 3732
http://www.direitoshumanos.gov.br/

Fonte: Observatório Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Veja também

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Reunião do CMDCA

CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINÁRIA n.º 11/2009

O Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no uso de suas atribuições legais, CONVOCA os membros deste para reunião ordinária a ser realizada aos:

Data: 14/12/2009.
Horário: 8h30min
Local: Sala de Reuniões da Secretaria Municipal de Assistência Social

1- Expediente Interno:
1.1 - Leitura de correspondências recebidas e informe acerca dos encaminhamentos das documentações pendentes da secretaria executiva.

2 - Ordem do Dia:
2.1 – Apresentação de relatórios pelas comissões pertinentes, para deliberação da Plenária (Comissão de Visitas e FUNCRIANÇA) ;
2.2 – Informações sobre a Resolução FUNCRIANÇA e deliberação dos procedimentos para o Ano de 2010;
2.3 – Informação sobre o Lançamento da Campanha FUNCRIANÇA 2009;
2.4 - Calendário de Reuniões para o Ano de 2010


MIGUEL DAL OLMO DE CAMPOS
Presidente do CMDCA.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Audiência Pública: soluções

Segue abaixo o resumo da minha fala durante audiência pública realizada na Câmara Municipal, hoje pela manhã, e que tinha como propósito discutir os altos índices de violência entre jovens e adolescentes em Foz do Iguaçu e propor soluções para o problema. (Falei como representante da OAB Foz do Iguaçu, membro da Comissão da Criança e do Adolescente.)

Convenção dos Direitos da Criança

ARTIGO 3
3. Os Estados Partes se certificarão de que as instituições, os serviços e os estabelecimentos encarregados do cuidado ou da proteção das crianças cumpram com os padrões estabelecidos pelas autoridades competentes, especialmente no que diz respeito à segurança e à saúde das crianças, ao número e à competência de seu pessoal e à existência de supervisão adequada.

ARTIGO 6
1. Os Estados Partes reconhecem que toda criança tem o direito inerente à vida.
2. Os Estados Partes assegurarão ao máximo a sobrevivência e o desenvolvimento da criança.

CF/88 e ECA (arts. 227 e 4º e 5º, respectivamente)

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, (...) à dignidade, ao respeito (...), além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

É evidente que a situação de violência contra jovens em Foz do Iguaçu ofende todos esses direitos previstos nas normativas nacionais e internacionais. A responsabilidade do Estado e de toda a sociedade não pode ser diminuída, diante de tal quadro. Urge a tomada decidida de ações de venham a transformar realidade tão aberrante.

Como contribuição ao debate em torno das medidas que se fazem necessárias, trazemos algumas idéias, que muito embora não sejam novidade para aqueles que militam na luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes em nossa cidade, merecem o endosso da OAB:

1. criar clínica de tratamento de drogaditos, especialmente adequada para jovens;
2. aprimorar os Programas de LA e PSC, com aumento da equipe para atendimento individualizado;
3. implantar a metodologia de mediação de conflitos nas escolas e comunidades, para fomentar cultura da paz, e combater a rejeição no sistema escolar, principalmente contra adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa;
4. criar 2ª Vara da Infância e da Juventude e melhorar as condições da VIJ existente;
5. criar 2º Conselho Tutelar e melhorar as condições do CT que já existe, conforme Resolução 75 do CONANDA;
6. acompanhar a implantação do programa estadual de proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte, previsto para iniciar em janeiro, e fiscalizar sua utilização pelo Poder Público Municipal;
7. elaborar e instituir Programa Municipal de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Jovens e fiscalizar posterior execução.

Apresento também a proposta da Sra. Maria Tereza, moradora do Morumbi II, que me procurou antes da audiência, e que consiste em aumentar o número de escolas-ofício a fim de possibilitar aos jovens mais vulneráveis oportunidades de profissionalização. Acrescento a idéia de contraturno social a ser realizado nos horários em que mais ocorrem violências contra jovens.

Enfim, é necessário fortalecer todo o Sistema de Garantia de Direitos, o qual inclui o Estado, a sociedade e a família.

CONANDA SE POSICIONA CONTRA TOQUE DE RECOLHER

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), principal órgão nacional do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, no uso de suas atribuições legais de deliberar e fiscalizar as políticas nacionais para a infância e juventude- reunido em sua 175º Assembléia Ordinária, aprova o presente parecer contrário ao procedimento denominado Toque de Recolher - proibição de circulação de crianças e adolescentes nas ruas no período noturno-, adotado em algumas cidades do País, por meio de portarias de Juízes da Infância e Juventude.

1) As portarias judiciais não podem contrariar princípios constitucionais e legais, como o direito à liberdade, previsto nos artigos 5 e 227 da Constituição Federal Brasileira, e nos artigos 4 e 16 do ECA - direito à liberdade, incluindo o direito de ir, vir e estar em espaços comunitários;

2) Os artigos 145 a 149 do ECA dispõem sobre as competências e as atribuições das Varas da Infância e Juventude. Os artigos citados não prevêem a restrição do direito à liberdade de crianças e adolescentes de forma genérica, e sim restrições de entrada e permanência em certos locais e estabelecimentos, que devem ser decididas caso a caso, de forma fundamentada, conforme o artigo 149;

3) O procedimento contraria a Doutrina da Proteção Integral, da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, em vigor no Brasil por meio da Lei 8.069 de 1990 (ECA) e a própria Constituição Federal Brasileira, tendo em vista a violação do direito à liberdade. A apreensão de crianças e adolescentes está em desconformidade com os requisitos legais por submeter crianças e adolescentes a constrangimento, vexame e humilhação (arts. 5 e 227 da CF e arts. 4, 15, 16, 106, 230 e 232 do ECA). Volta-se a época em que crianças e adolescentes eram tratados como “objetos de intervenção do estado” e não como “sujeitos de direitos”. A medida significa um retrocesso, tendo em vista que nos remete à Doutrina da Situação Irregular do revogado Código de Menores e a procedimentos abusivos como a “Carrocinha de Menores” e outras atuações meramente repressivas executadas por Comissariados e Juizados de Menores;

4) Em muitos casos, a atuação dos órgãos envolvidos no Toque de Recolher denota caráter de limpeza social, perseguição e criminalização de crianças e adolescentes, sob o viés da suposta proteção;

5) Não se verifica o mesmo empenho das autoridades envolvidas na decretação da medida aludida em suscitar a responsabilidade da Família, do Estado e da Sociedade em garantir os direitos da criança e do adolescente, conforme dispõe o ECA. Inclusive, a própria legislação brasileira já prevê a responsabilização de pais que não cumprem seus deveres, assim como dos agentes públicos e da própria sociedade em geral. No mesmo sentido, por que as autoridades envolvidas no Toque de Recolher não buscam punir os comerciantes que fornecem bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes ou que franqueiam a entrada de adolescentes em casas noturnas ou de jogos, ou qualquer adulto que explore crianças e adolescentes?

6) Nenhuma criança ou adolescente deve ficar em situação de abandono nas ruas, em horário nenhum, não só durante as noites. Para casos como esses, assim como para outras situações de risco, o ECA prevê medidas de proteção (arts. 98 e 101) para crianças, e adolescentes e medidas pertinentes aos pais ou responsáveis (art. 129);

7) Os Conselhos Tutelares são órgãos de proteção e defesa de direitos de crianças e adolescentes (arts. 131 a 136 do ECA) e não de repressão ou punição. O Fórum Colegiado Nacional dos Conselhos Tutelares já se manifestou contrariamente ao Toque de Recolher;

8) A polícia não deve ser empregada em ações visando o recolhimento de crianças e adolescentes. Nesse sentido, o Estatuto e a normativa construída nos últimos 19 anos prevêem a necessidade de programas de acolhimento com educadores sociais que façam a abordagem de crianças e adolescentes que se encontrem em situação de rua e/ou de risco. Muitas vezes, os abusos sofridos nas próprias casas geram a ida de crianças e adolescentes para as ruas. Nesses casos, a solução também não é o toque de recolher. O adequado é a atuação dos órgãos e programas de proteção, acolhimento e atendimento às crianças, aos adolescentes e às famílias. Devemos destacar que, diante de situações de risco em que se encontrem crianças e adolescentes, qualquer pessoa da sociedade pode e deve acionar os programas de proteção e/ou os Conselhos Tutelares, assim como todos da sociedade têm o dever de agir, conforme suas possibilidades, visando prevenir ou erradicar as denominadas situações de risco;

9) O procedimento do Toque de Recolher contraria o direito à convivência familiar e comunitária, restringindo direitos também de adolescentes que, por exemplo, estudam à noite, frequentam clubes, cursos, casas de amigos e festas comunitárias;

10) Conforme os motivos acima elencados, o Toque de Recolher contraria o ECA e a Constituição Federal. É uma medida paliativa e ilusória, que objetiva esconder os problemas no lugar de resolvê-los. As medidas e
programas de acolhimento, atendimento e proteção integral estão previstas no ECA, sendo necessário que o Poder Executivo implemente os programas; que o Judiciário obrigue a implantação e monitore a execução e que o Legislativo garanta orçamentos e fiscalize a gestão, em inteiro cumprimento às competências e atribuições inerentes aos citados Poderes.

Nesses termos, o Conanda recomenda:


1) Que todos os municípios tenham programas com educadores sociais que possam fazer a abordagem de crianças e adolescentes que se encontrem em situações de risco, em qualquer horário do dia ou da noite, visando os encaminhamentos e atendimentos especializados previstos na Lei;


2) Que todos os Municípios, Estados e União fortaleçam as redes de proteção social e o Sistema de Garantia de Direitos, incluindo Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Varas da Infância e Juventude, promotorias e delegacias especializadas;


3) Que o Conselho Nacional de Justiça inclua em sua pauta de discussões o Toque de Recolher, objetivando orientar as Varas da Infância e Juventude sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade do procedimento.

Brasília, 18 de junho de 2009

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Audiência Pública debate a violência contra os jovens de Foz do Iguaçu

Vereador Rodrigo Cabral decide retirar projeto com toque de recolher após as discussões

Foi realizada hoje (9) na Câmara Municipal de Vereadores uma Audiência Pública para debater a violência contra jovens de Foz do Iguaçu. O evento foi solicitado pelo vereador Rodrigo Cabral (PSB) que apresentou na Câmara um Projeto de Lei proibindo a permanência de menores de 16 anos, após as 23 horas, desacompanhados dos pais ou de um responsável, em ruas, praças, logradouros públicos, parques de diversões, clubes, casas de fliperama, danceterias, boates, bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres.

Ao final da audiência o vereador chegou a conclusão de que é melhor retirar este projeto de tramitação. “É um projeto polêmico e que deu certo em alguns lugares. Existem cidades em São Paulo que diminuíram a quantidade de casos de violência depois que uma lei parecida foi implantada, mas vou retirar este projeto porque quem sou eu para ir contra os direitos dos jovens. Ainda assim vou propor outras ações com o intuito de tentar resolver estes problemas”, disse.

Participaram da audiência o inspetor de área da Guarda Municipal, Josnei Fagundes Marquardt, o membro da comissão da criança e do adolescente da OAB, Thiago Borges Lied, o secretário Municipal da Juventude, Cidadania e Antidrogas da Criança e do Adolescente, Sidnei Prestes Jr, a representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Juliana de Melo, a advogada da Fundação Nosso Lar, Clarissa Marin Coletto e o padre Miguel Vera, educador, representando o Centro de Atenção Integral ao Adolescente.

Antes de se iniciar as discussões foram apresentadas duas pesquisas, uma pela professora Elis Palma Priotto e a outra pelo professor Luciano de Andrade, ambos da Unioeste. A primeira pesquisa trata da realidade dos jovens iguaçuenses em cada região da cidade no que se refere à educação, renda, emprego, etc. A outra trata dos homicídios de jovens entre 2000 e 2007.

Thiago Lied trouxe algumas sugestões para melhorar a qualidade de vida desses jovens na fronteira. Ele citou artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Constituição que tratam da defesa da vida dos jovens. ”Eles têm direito à vida, dignidade, respeito e serem colocados a salvo de qualquer situação de risco e isso é uma responsabilidade do Estado”, explicou. Entre as idéias para melhorar a situação está a criação de uma clínica de reabilitação para jovens viciados, aprimorar os programas públicos destinados à eles, criação de uma segunda Vara da Infância e Juventude e um segundo Conselho Tutelar em Foz, aumentar o número de Casas Ofício na cidade, entre outras.

O secretário Sidnei Prestes explicou que existem vários programas de atendimento para este segmento da população como ProJovem, dividido em outros quatro subprogramas, programa Atitude, uma parceria entre o Município e o Estado, além de mais de duas mil vagas em cursos culturais que serão ofertados aos jovens a partir do próximo ano.

O vereador Nilton Bobato (PCdoB) que estava presente defendeu que o ensino médio seja também profissionalizante, mas o problema é que isso não pode ser feito apenas pelo município, é necessária a participação do governo estadual.

Além de quem fez parte da mesa, também puderam se inscrever para a audiência pessoas que acompanhavam no Plenário. A cidadã Maria Tereza fez uso da palavra e defendeu que a educação deve ser aprimorada para que se diminua a violência na cidade. Ela também sugeriu que os adolescentes que participam de programas públicos sejam acompanhados por assistentes sociais.

Outro morador de Foz, Luiz Queiroz, reclamou que muitos policiais deixam de fazer o trabalho como deveriam para atender questões pessoais. “É comum ver viaturas em Foz paradas nas lojas comerciais fazendo segurança privada e não pública”, disse.

Para Pedro dos Santos, do Insituto Katana de Proteção da Natureza, que realiza trabalhos com jovens a educação também precisa ser uma das prioridades. “O problema está na educação. Deve haver oportunidade e apoio para que os pais consigam educar seus filhos, é uma responsabilidade deles isso. As crianças precisam ser tratadas com respeito e precisam ser levadas a sério. Precisam de educação, apoio e oportunidades”.

O vereador Rodrigo Cabral que presidiu a sessão informou que todas as sugestões serão estudadas e poderão virar alguma forma de ação.



Autor: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal.

Veja também: http://advogadospelainfancia.blogspot.com/2009/12/segue-abaixo-o-resumo-da-minha-fala.html.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Impunidade, conivência e hipocrisia

“Entre as seis mortes registradas em menos de 48 horas estão as execuções do estudante Charles Willian de Oliveira Pereira, 17, e Cleiton Alves Junior, 15. Policiais civis e militares encontraram os corpos numa estrada rural, no Alto da Boa Vista, por meio de uma denúncia anônima, no final da manhã de domingo. Segundo apurou a polícia, os jovens foram mortos com tiros de pistola calibre nove milímetros, disparados por desconhecidos. No local do crime, os investigadores recolheram cartuchos do mesmo calibre” (A Gazeta do Iguaçu / Gilberto Vidal, edição de hoje, 8 de dezembro).


Além dos dois adolescentes, entre os seis homicídios estão mais três jovens: Marcelo Alves Macedo, de 20 anos, Adilson Fortunato Tavares, de 21 anos e Jucelei da Silva, de 22 anos.

Em menos de 48 horas, seis homicídios, dentre os quais de cinco jovens: de 15, 17, 20, 21 e 22 anos. E a cidade age como se nada estivesse acontecendo. E os governos estadual e municipal se apressam em desmentirem as pesquisas que apontam o município como o de maior índice de homicídios de adolescentes e o terceiro município que mais coloca em situação de risco os seus jovens, afirmando que são dados defasados e que a situação está mudando. Eu pergunto: mudando para quem? Não para estes cinco jovens exterminados. E me atrevo a me fazer mais uma pergunta: será que o Estado está mesmo interessado em mudar esta situação ou este extermínio faz parte da política pública oficial de acobertar a execução de jovens? Afinal, o jovem pobre, sem escolaridade, desempregado e sem futuro que é exterminado, é “menos um”. Ou não é? Parece-me, pelas evidências, que o Estado e a sociedade pensam que é. Não compartilho desta opinião e como jornalista (diplomado, senhor Gilmar Mendes!) com responsabilidade social, atrevo-me a questionar o Estado, o aparato de segurança, os poderes constituídos e a própria sociedade de compactuarem com tal situação.

Amanhã (9) haverá uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores, exatamente sobre o alto índice de violência que acomete os jovens de Foz do Iguaçu, estarei lá e farei este questionamento: será que não estamos diante de uma política pública oficial de extermínio? Questiono a impunidade (*) dos agressores, a conivência (**) do Estado e da sociedade, e principalmente a hipocrisia (***) dos poderes instituídos.

(*) Impunidade é sentir-se ou estar imune, isento de punição.

(**) Conivência é o ato de ser conivente, cumplicidade; colaboração, conluio, maquinação, cumplicidade.

(***) Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, idéias e sentimentos que, na verdade, não possui; ato de fingir comportamentos.

Por Carlos Luz (http://www.carlos-luz.blogspot.com/).
 
Temos que engrossar o coro daqueles que gritam contra esta barbárie... Basta!
 
Thiago

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Corregedoria Nacional de Justiça estabelece normas para regulamentar a nova "Lei de Adoção" (Lei da Convivência Familiar)

A partir de dezembro de 2009 as Varas de Infância e Juventude de todo o país terão que utilizar um documento único de controle do acolhimento e desligamento de crianças e adolescentes em abrigos.

As Guias Nacionais de Acolhimento e de Desligamento foram instituídas pela Instrução Normativa nº 3/2009, da Corregedoria Nacional de Justiça.

O documento assinado pelo Corregedor Nacional de Justiça, Min. Gilson Dipp, também estabelece normas para o armazenamento eletrônico das informações contidas nessas guias, o que permitirá um controle estatístico mais efetivo sobre o ingresso de jovens nas entidades de acolhimento institucional (antigos abrigos), assim como da saída de crianças e adolescentes que serão reintegrados a suas famílias ou encaminhados para adoção.

O preenchimento das Guias Nacionais será obrigatório a partir de 1º de dezembro deste ano em todo o Brasil. As guias trarão uma numeração sequencial que permitirá a qualquer pessoa identificar o estado, a comarca e a vara onde foi emitida. Nelas constarão também dados pessoais da criança (nome, sexo, idade, nome dos pais ou responsável, documentação, se faz uso de medicamentos), histórico (se está acolhida em entidade ou foi encaminhada à adoção), motivo da retirada do convívio familiar e se há parentes interessados em obter a guarda da criança.

No caso de desligamento, a guia traz também o motivo, como retorno à família natural, adoção ou falecimento. Nos casos em que não houver dados sobre a origem da criança, o juiz deverá incluir uma foto recente dela, e divulgá-la entre as diversas esferas do governo, na tentativa de identificar os pais.

Fonte: http://www.infanciaempauta.blogspot.com/.

Audiência Pública

Na Câmara Municipal, dia 09/12/09 (quarta), às 10h, audiência pública para discutir os altos índices de violência contra jovens e adolescentes no Município de Foz do Iguaçu e propor soluções para o problema.

Vamos comparecer, pessoal!

Abraços

MJ e Fórum apresentam pesquisa sobre juventude

Erika Sallum · São Paulo (SP) · 24/11/2009 15:08

Ministério da Justiça e Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentam pesquisas sobre exposição de jovens à violência

• Índice de Vulnerabilidade Juvenil à violência (IVJ-Violência) é mais elevado fora das capitais

• Maioria dos jovens tem baixo risco e histórico de violência, mas quase um terço dessa população ainda convive com esse mal

São Paulo, 24 – Das 266 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, apenas 10 apresentam um elevado grau de vulnerabilidade dos jovens de 12 a 29 anos à violência. Dessas, nenhuma é capital, embora muitas pertençam às regiões metropolitanas de seus Estados. Além disso, embora a maioria dos jovens brasileiros tenha baixo risco e histórico de convívio com a violência, quase um terço desse grupo ainda enxerga esse mal como parte do seu cotidiano. Essas são algumas constatações apresentadas por dois trabalhos coordenados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que diagnosticam a exposição do jovem brasileiro à violência, em termos quantitativos e qualitativos, e que fazem parte do “Projeto Juventude e Prevenção da Violência”.

O “Projeto Juventude” visa a produção de uma pesquisa de identificação do grau de exposição à violência a que jovens brasileiros de 12 a 29 anos são submetidos. É desenvolvido a partir de um termo de parceria firmado entre o Ministério da Justiça (MJ), por meio do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), e o Fórum, organização não-governamental e apartidária focada no debate técnico envolvendo a área.

“Quando fomos desafiados pelo MJ a assumir esse projeto, tínhamos clareza sobre a responsabilidade a que o Fórum se submetia. Agora, entregamos os primeiros resultados de um amplo projeto, a ser concluído em junho de 2010”, afirma o secretário-geral do Fórum, Renato Sérgio de Lima.

“A partir dessas informações inéditas, o poder público, em todas as suas instâncias, passa a contar com um poderoso e sólido instrumento de auxílio para a definição de políticas de segurança pública voltadas à preservação dos jovens brasileiros”, analisa o presidente do Conselho de Administração do Fórum, Humberto Vianna. “E fica cada vez mais clara a lógica de que somente com investimentos em segurança pública, com volume e geridos com eficiência, combinados com ações de integração social e cidadania é que se torna possível o enfrentamento da violência”, adiciona.

O “Projeto Juventude” concentra-se em 13 Estados, definidos pelo MJ a partir da implementação, em cada localidade, de ações do Pronasci, e está dividido em quatro módulos, estabelecidos por metodologia científica própria do Fórum: exposição da juventude à violência; sistematização de práticas ou programas de prevenção; organização de seminários de discussão com gestores de políticas de atenção aos jovens; e elaboração de cartilhas para atuação em projetos de prevenção. A pesquisa conta com parceria do Instituto Sou da Paz, do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção ao Delito e Tratamento do Delinquente (ILANUD) e a Fundação Seade. A conclusão do Projeto acontecerá em junho de 2010.

Na primeira etapa, que contempla a identificação do grau de violência a que os jovens estão expostos, foram desenvolvidas abordagens múltiplas e complementares para analisar o tema.

Duas etapas já estão concluídas: a criação de um Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) para todos os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes; e levantamentos estatísticos com narrativas da violência, apurados por meio de pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha.

Vulnerabilidade juvenil

O IVJ, desenvolvido em parceria com a Fundação Seade, foi aplicado em municípios com mais de 100 mil habitantes, em todas as regiões do País, com base em informações do IBGE, num total de 266 municípios. Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Teixeira de Freitas (BA), Serra (ES) e Linhares (ES) constituem os municípios brasileiros com maior vulnerabilidade à violência contra os jovens.

São Carlos (SP), São Caetano do Sul (SP), Franca (SP), Juiz de Fora (MG), Poços de Caldas (MG), Bento Gonçalves (RS), Divinópolis (MG), Bauru (SP), Jaraguá do Sul (SC) e Petrópolis (RJ) são as cidades brasileiras que registram os menores IVJs – Violência. .

O levantamento conclui que a faixa etária com maior risco de perder vidas por causa da violência letal é aquela entre 19 a 24 anos. Usando metodologia criada pelo Laboratório de Análise da Violência, da UERJ, o IVJ – Violência prevê que 5,0 jovens morrerão por homicídios antes de completarem 24 anos no Brasil, enquanto, na faixa etária de 12 a 18 anos, a estimativa é que 2,38 adolescentes morram antes de completarem os 18 anos. Entre jovens adultos de 25 a 29 anos, a expectativa é que morram 3,73 jovens antes dos 29 anos.

A pesquisa identifica haver relação direta entre violência e participação no mercado de trabalho e escolaridade, uma vez que os jovens de 18 a 24 anos que não realizam funções remuneradas e não estudam formam o grupo no qual o IVJ se apresenta em patamar mais elevado. O indicador também confirma o “senso comum” que aqueles que residem em domicílios com assentamentos precários, caso de favelas, são os mais expostos à violência.

Nota-se, ainda, que os municípios que menos investem em segurança pública são exatamente aqueles que mais expõem seus jovens à violência, confirmando, mais uma vez, as fundamentações técnicas apresentadas pelo Fórum sobre a necessidade de os governos terem sensibilidade a esse tema. Na prática, constata-se que nas cidades onde a vulnerabilidade juvenil é muito alta a despesa realizada em segurança pública, em 2006, foi de R$ 3.764 por mil habitantes, enquanto os municípios com incidência baixa do índice aplicaram R$ 14.450 por mil habitantes.

Convívio com a violência

Já o levantamento realizado pelo Instituto Datafolha com 5.182 jovens de 12 a 29 anos, de ambos os sexos, de 31 municípios selecionados em 13 Estados, constatou que quase um terço da população jovem sofre presença constante da violência em seu cotidiano. Dos jovens entrevistados, 31% admitem ter facilidade para a obtenção de armas de fogo. Além disso, 64% dos entrevistados são expostos a algum risco ou história de violência e costumam ver pessoas (não policiais) portando armas.

Metade da população jovem entrevistada declara presenciar violência policial, sendo que, para 11% dos entrevistados, essa violência é “comum”. Um dado que impressiona é a incidência manifestada por 88% dos respondentes expostos à violência, que declaram já terem visto corpos de pessoas assassinadas. Cerca de 8% afirmam, ainda, que pessoas próximas a eles foram vítimas de homicídios.

“Ainda que sejam jovens e, naturalmente, possam cometer algum exagero na entrevista, trata-se de uma quantificação demasiadamente elevada e, óbvio, muito preocupante”, pondera Lima.

Como conclusão preliminar, a partir da associação entre os resultados do IVJ – Violência e a opinião dos jovens dos 31 municípios selecionados, há um indicativo que aponta para a importância de ações integradas, que envolvam diferentes atores e considerem áreas específicas, no campo da segurança pública. Essa percepção se justifica porque, na medida em que a redução da exposição de jovens à violência não passa apenas pela dimensão criminal, se faz necessário aliar repressão qualificada e estratégias de prevenção local, assim como ações que promovam a inclusão social.

O desafio é, no entanto, aprofundar o conhecimento em torno de como a violência afeta a vida desse segmento da população brasileira, razão pela qual as próximas etapas do Projeto, ainda em execução, poderão fornecer um conjunto de indicações de para que intervenções planejadas se consolidem e a gestão dos projetos locais tenha condições de fomentar a eficiência democrática, a integração social e a diminuição da violência.

Sobre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária, e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País. O foco do Fórum está no aprimoramento técnico da atividade policial e da gestão de segurança pública. Por isso, avalia o planejamento e as políticas para o setor; a gestão da informação; os sistemas de comunicação e tecnologia; as práticas e procedimentos de ação; as políticas locais de prevenção; e os meios de controle interno e externo, dentre outras; sempre adotando como princípio o respeito à democracia, à legalidade e aos direitos humanos.

Veja a pesquisa completa aqui.

Mais informações:

Jander Ramon
Cel.: 55 11 8205 - 2738


sábado, 5 de dezembro de 2009

Cadastro de adoção completa um ano e não trouxe avanços


São 25.600 os interessados em adotar, média de seis por criança cadastrada, mas o problema é que a maioria só quer bebê de cor branca

Um ano após o prazo final para que juízes de todo o Brasil incluíssem crianças abrigadas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), a vida desses meninos e meninas pouco se alterou. A medida tinha o objetivo de unir pretendentes e adotáveis num mesmo cadastro. Assim, um casal do Tocantins poderia adotar um filho na Bahia. Nesses 12 meses, o número de futuros pais cadastrados mais que dobrou, passando de 10.695 para 25.600. Terceiro no ranking, o Paraná tem 3.581 interessados, atrás de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Já o número de crianças inscritas no país passou de 1.397 para 4.189.

O problema apontado por especialistas é que a busca apenas por bebês da cor branca continua, além da falta de infraestrutura no Judiciário. Com isso, garotos e garotas ainda vivem abandonados em abrigos de todo o país. O CNA foi criado em abril do ano passado com o objetivo de facilitar a vida de quem deseja adotar. Antes, os pretendentes entravam com o processo em várias comarcas para aumentar a rapidez e as chances de sucesso.

Agora, se houver uma criança com a característica selecionada pelos futuros pais em outras cidades e estados, a comarca de origem é acionada. Mas mesmo trazendo mais agilidade, ainda há problemas crônicos de infraestrutura que causam morosidade. Calcula-se que existam pelo menos 80 mil meninos e meninas abrigados no Brasil, mas só 5% estão no cadastro. O restante fica em um limbo jurídico e não pode retornar para a família nem deixar os abrigos. Em Curitiba o quadro se repete. São mais de mil crianças longe dos pais e somente um terço (480) no cadastro em todo o Paraná.

A esperança é que a Nova Lei de Adoção traga melhorias. Em vigor desde o início do mês passado, a legislação prevê que a cada seis meses o Judiciário faça um relatório justificando a continuidade do abrigamento. Além disso, a medida não pode durar mais de dois anos. Após o fim desse período, a criança deve retornar para a família ou ser encaminhada para uma família substituta, que pode ser de pais adotivos ou parentes próximos.

Dados do CNA mostram que a adoção no Brasil é uma conta que não fecha. Cerca de 40% dos pretendentes aceitam somente crianças brancas, mas 62% dos meninos e meninas são negros ou pardos. Da mesma forma, 82% dos futuros pais não querem adotar irmãos, entretanto 71% dos adotáveis têm irmãos. São por esses motivos que, mesmo com um alto número de interessados em adotar – média de seis por criança –, o direito à convivência familiar e comunitária garantido pelo Esta­tuto da Criança e do Adolescente ainda é violado.

Justiça lenta

O promotor carioca Sávio Bitten­court, ex-presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), afirma que a criação do CNA é positiva, mas ele sozinho não consegue resolver a demora da destituição do poder familiar. “Os abrigos estão cheios porque a Justiça é lenta. Em alguns casos, são anos de espera. Desde o primeiro momento é preciso dificultar o abrigamento e quando isso tem de ocorrer, a criança tem de ser encaminhada o quanto antes para a adoção.”

Para Bittencourt o fato de as regiões Sul e Sudeste terem o maior número de pretendentes cadastrados pode mascarar a ocorrência de adoções ilegais. “Não necessariamente isso significa que nessas regiões há mais adoções. É muito comum que em locais mais pobres, como o Norte e o Nordeste, as pessoas busquem outras vias. E aí a Justiça não tem como fiscalizar”, diz. Para resolver a questão do preconceito em relação à adoção tardia, ele aponta a eficácia dos grupos de apoio. “Em todas as localidades que temos esses grupos há melhora significativa na adoção de crianças maiores, negras ou de grupo de irmãos”.

O integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança (Conanda) Ariel de Castro Alves diz que ainda não é possível ter uma avaliação completa sobre o CNA já que boa parte das comarcas em todo o país ainda não acrescentou os dados. “O que é fato é que o cadastro legitimou o processo de adoção. Não há mais dúvidas sobre a transparência desse processo”. Alves relata que havia muitas denúncias sobre tráfico de influência e “fura-filas”. Hoje isso não é mais possível. Ele também acredita que a Nova Lei de Adoção trará mudanças significativas nesse setor. “Agora precisamos pressionar o Judiciário para que os processos tramitem com mais celeridade. Ou o poder familiar é destituído ou a criança volta para a família. Ela não pode ficar esquecida em um abrigo.”

Uma explicação para a concentração de cadastros nas regiões Sul e Sudeste pode estar no fato de o Judiciário estar mais bem organizado nessas regiões. “O desenvolvimento econômico se refletiu nesta área. Há mais comunicação e a formação dos operadores é mais intensa”, diz Alves. Apesar disso, o conselheiro do Conanda lembra que em todo o país varas especializadas na infância são raras. Das mais de 2.600 comarcas em todo o Brasil, apenas 92 são especializadas.

Fonte: http://www.oabfi.com.br/.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Notícias de Curitiba II

Ontem liguei para a Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e falei com o Ricardo Peres sobre a informação que eu tinha recebido há algumas semanas atrás, quando estava participando de um seminário do Fórum DCA em Curitiba, e que dava conta de que o Governo Estadual implantaria programa próprio com vistas a proteger adolescentes ameaçados de morte, à semehança do PPCAAM, de nível federal. Ele confirmou que o programa está para começar, a que tudo indica, em janeiro de 2010. Faltam apenas alguns detalhes relativos à lei orçamentária, mas está "tudo certo", segundo me falou. São mais de 1 milhão de reais para iniciar o programa que, posteriomente, pedirá apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República para continuar em funcionamento. Foz do Iguaçu será uma das cidades beneficiadas pela ação do Governo do Estado, haja vista, claro, estar entre as que mais matam jovens no Brasil, lamentavelmente. Aguardaremos novas notícias.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Informatização da Vara da Infância

Há um mês atrás, nossa ONG enviou ofício à OAB de Foz do Iguaçu, dando ciência do teor da denúncia ao CNJ acerca da falta de informatização da VIJ. Veja a resposta que recebemos:

Ofício n.º 157/09                                      Foz do Iguaçu, 18 de novembro de 2009.


Excelentíssimo Senhor:

Pelo presente, tendo em vista seu pedido de providências datado de 30/10/2009 e autuado nesta Subseção sob o protocolo nº 54002/09, venho comunicar a V. Exa. que enviei missiva ao Ministro Gilson Dipp - Corregedor do CNJ, solicitando providências urgentes para informatização da serventia da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Foz do Iguaçu.

Sem mais para o momento, e esperando ter atendido vosso pleito, colocando-me à disposição para outros esclarecimentos que entender necessários, subscrevo-me,

Atenciosamente


NILTON LUIZ ANDRASCHKO
Presidente da Subseção

Capacitação sobre Exploração Sexual de Crianças


II ENCONTRO DE CAPACITAÇÃO PARA O ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE TRÁFICO PARA FINS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

1. DATA: 02 a 04 de dezembro de 2009

2. HORÁRIO: 8h00min

3. LOCAL: Centro de Treinamento da Itaipu Binacional – PTI - Foz do Iguaçu/PR

4. PÚBLICO: Equipes que atuam nos eixos do Atendimento Psicossocial, Reinserção Familiar e Comunitária, Atendimento Jurídico e da Inserção Sócio Produtiva (assistentes sociais, psicólogos, advogados, conselheiros tutelares, educadores sociais e pedagogos) dos Abrigos, CRAS, CREAS, CEDECAs e instituições afins.

5. OBJETIVOS: Formar equipes que atuam diretamente na área do atendimento a crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual, principalmente nas modalidades da exploração sexual e do tráfico para este fim, visando possibilitar à rede:

1. Compreender e identificar os casos;

2. Acessar, atender, encaminhar e acompanhar os casos, utilizando a metodologia proposta;

3. Monitorar os casos recebidos de forma a produzir a inserção social destes sujeitos;

4. Mapear a rede de atenção a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual;

5. Estabelecer e pactuar fluxos para um atendimento qualificado e humanizado a este perfil de público.

6. METODOLOGIA
A capacitação/assistência técnica, será desenvolvida a partir da metodologia sistematizada do Programa de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Tráfico para Fins de Exploração Sexual – TSH/Abrigos /Partners of the Américas e abordará questões ligadas ao atendimento / assistência às vítimas, utilizando estudos de casos e histórias de vida..

7. CONTEÚDO:

a. Componentes da Metodologia:

- Atendimento Psicossocial
- Atendimento Jurídico
- Reinserção Familiar e Comunitária
- Reinserção Sócio-Produtiva
- Gestão / Informatização dos Espaços de Acolhimento

b. Marco Legal da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes:

c. Marco Teórico da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

d. Violência Sexual e Gênero;

e. O Papel das Políticas Públicas nas ações de enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; Orçamento Público como resposta a estas ações

f. Sistema de Garantia de Direitos

g. Participação e Protagonismo Juvenil.

h. Estratégias para Busca Ativa

9. FACILITADORAS:

Sandra Santos (Coordenação Técnica e Responsável pelo Componente de Atendimento Psicossocial) – Psicóloga. Especialista em Administração e Planejamento de Projetos Sociais. Técnica do Programa TSH/Abrigos. Agente Local do Programa Turismo Sustentável e Infância – MTUR/BA, em 2008. Consultora do PAIR – Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento a Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro.

Ilma Oliveira (Supervisão e Responsável pelo Componente de Reinserção Sócio-produtiva) – Psicóloga. Diretora do Instituto Aliança e Coordenação Pedagógica dos Programas de Trabalhabilidade de Jovens; Técnica do Programa TSH/Abrigos.

Jalusa Silva de Arruda (Responsável pelo Componente de Atendimento Jurídico) – Advogada. Pós-graduada em Direito Civil pelo UNESC – Centro Universitário do Espírito Santo, Especialista em Relações Internacionais pela UFBA e mestranda do NEIM – Núcleo de Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da FFCH/UFBA; Assessora Técnica do PAIR – Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento a Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro.

Valéria Brahim (Responsável pelo Componente Reinserção Familiar e Comunitária) – Psicóloga. Especialista em Violência Doméstica Contra Criança e Adolescente (USP). Equipe Técnica do Programa TSH/Abrigos. Gerente de Programas Sociais da Associação Brasileira Terra dos Homens. Coordenadora do PAIR- Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento a Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro – no estado do Rio de Janeiro.

Graça Gadelha (Articulação político-estraté gica e Consultoria Técnica) – Socióloga. Especialista em Políticas Públicas na área da infância e da juventude; Pesquisadora; Membro do Grupo Gestor Nacional do PAIR; Consultora no âmbito da cooperação internacional, com expertise nas áreas de exploração sexual contra crianças e adolescentes e tráfico para esse fim.

Rebeca Ribas (Responsável pelo Gerenciamento Operacional, Representação Política em Salvador e Apoio no Componente de Reinserção Sócio-produtiva)– Psicóloga. Coordenação Técnica de Programas de Participação Juvenil do Instituto Aliança.

INSCRIÇÕES: É necessário confirmar a participação até o dia 30/11, informando o nome, a organização e o contato pelo telefone: 35211430 (das 8h às 14h) ou 91038118 com Dina, ou pelo e-mail: disseminacao@ institutoalianca .org.br. A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas.

REALIZAÇÃO:

Instituto Aliança com o Adolescente

PARCEIROS FINANCIADORES:

SEDH – Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República

PARCEIROS ESTRATÉGICOS:

Secretaria Municipal de Assistência Social
Itaipu Binacional
Rede Proteger.
--
Edinalva Severo
(45) 3521 1430

Enviado por Instituto Elos. Ver também http://www.redeproteger.com.br/.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Reunião da ONG

Hoje (30/11), às 18:30, na sede da associação.

ONU aprova as diretrizes sobre cuidados alternativos para crianças

23/11/2009 - 18:53


Assembléia da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou na sexta-feira (20), em Nova York (EUA), as Diretrizes sobre Cuidados Alternativos para Crianças. O documento atende às necessidades detectadas pela sociedade civil e por técnicos de diversos países, que trabalham em contato direto com crianças afastadas de suas famílias. Na data, a comunidade internacional celebrou o vigésimo aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1989.

"No aniversário de 20 anos da Convenção, o Brasil recebe a noticia com uma dupla motivação para festejar”, afirma Carmen Oliveira, subsecretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR). Segundo ela, o Brasil cumpriu com êxito o papel designado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), desde 2006, para exercer a liderança da discussão com os demais países em um tema tão complexo, dadas as diferenças culturais sobre concepções de famílias, por exemplo. “A recente aprovação, no Congresso Nacional, de uma legislação sobre os direitos à convivência familiar e comunitária, que incorpora várias das diretrizes apontadas neste documento internacional agora na ONU soma-se a essa vitória”, afirma Carmen. A subsecretária cita alfuns pontos das novas diretrizes, entre eles, o maior rigor na aplicação de medidas de abrigamento e de adoção de crianças e adolescentes; e maiores investimentos na sua reintegração familiar ou em famílias acolhedoras. “Mais uma vez o Brasil se antecipa, assim como fizemos ao ser o primeiro país a afirmar os princípios da Convenção na Constituição de 1988, e o primeiro também a ter uma legislação especifica em sintonia com este tratado - o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, completa Carmen.

As diretrizes orientarão os estados-membros da ONU em relação ao atendimento a crianças e adolescentes privadas da convivência familiar e a melhor forma de protegê-las. O tema foi debatido no âmbito internacional nos últimos cinco anos. A aprovação do documento teve o empenho da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, da Presidência da República (SEDH/PR), dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e das Relações Exteriores (MRE), além do Unicef e do Comitê dos Direitos da Criança da ONU.

O documento aborda as seguintes questões: apoio e fortalecimento da família e preservação dos vínculos familiares; medidas adequadas para a prestação de cuidados; prestação de cuidados alternativos a crianças sem cuidados parentais; e prestação de cuidados a crianças fora de seu país de residência habitual e/ou em situações de emergência (catástrofes naturais, guerras etc).


http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/noticias/ultimas_noticias/MySQLNoticia.2009-11-23.5008.

Enviado por CMDCA Foz.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"A indignação contra a injustiça é o princípio do direito, a responsabilidade com o sofrimento do outro é a finalidade da justiça."

Castor Bartolomé Ruiz

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Comissão da Criança

Reunião sexta-feira (27/11), 17:30, na sede da OAB subseção de Foz.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

20 anos da Convenção dos Direitos da Criança

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, comemora nesta sexta-feira os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989; apenas dois países-membros da ONU ainda não ratificaram a Convenção: Somália e Estados Unidos.

Comemoração na ONU
Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, comemora nesta sexta-feira os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989.

A Convenção articula um conjunto de direitos universais das crianças, como o direito à identidade, a um nome e nacionalidade, à educação, aos mais altos padrões de saúde, à proteção contra o abuso e a exploração.

Ratificação

Apenas dois países membros da ONU ainda não ratificaram a Convenção: Somália e Estados Unidos.

Durante evento comemorativo na sede das Nações Unidas nesta sexta-feira, a diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman, lembrou que a Convenção dos Direitos da Criança foi uma decisão histórica.

Ela disse que ainda há muito mais para ser feito. Veneman chamou de inaceitável as quase 9 milhões de mortes anuais de crianças no mundo antes de completarem um ano de vida.

Na mesma cerimônia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as crianças devem estar no pensamento de todos especialmente numa época de múltiplas crises.

Avanços

A brasileira Mayra Avellar Neves, de 17 anos, vencedora em 2008 do Prêmio Paz para as Crianças, também participou do evento na sede da ONU.

O Unicef já havia lançado nesta quinta-feira edição especial do 'Estado das Crianças do Mundo', o mais importante relatório sobre os direitos das crianças.

O documento ressalta os avanços conseguidos nas últimas duas décadas mas enfatiza que milhões delas ainda sofrem com a falta de proteção contra violência, abuso, exploração, discriminação e negligência.

Fonte: Rádio ONU.


Dia da Consciência Negra


História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.

A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reunião da Rede Proteger

Amanhã, a partir das 08:30 da manhã, no PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). Sairá ônibus do Centro Executivo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A democracia representativa e a democracia participativa

Passando por Locke e Rousseau, o prefeito de Porto Alegre discute as origens e a crise do sistema representativo e mostra como liberalismo não é sinônimo de democracia.


Raul Pont*


O tema central deste seminário está presente no debate político da humanidade há, no mínimo, dois séculos. As raízes dos sistemas políticos de representação encontram-se nos regimes constitucionais dos Estados Modernos. Os regimes políticos antigos e medievais, por existirem em sociedades escravocratas ou servis, não podem ser identificados com as situações inauguradas com o Estado Moderno. Mesmo com o Absolutismo, onde a idéia de “contrato” já aparece e o súdito já é portador de certos direitos, sua condição ainda é distante da qualificação de cidadão.

As origens dos sistemas representativos nascem de concepções liberais que expressavam o desenvolvimento e amadurecimento das sociedades mercantis e das condições objetivas para o surgimento do capitalismo – a acumulação de capitais e a existência do trabalho livre.

Esse processo não foi linear, nem simultâneo, na Europa ou no Novo Mundo. As contradições e conflitos sociais que permearam o surgimento do modo de produção capitalista se expressaram através das várias correntes teóricas.

Simplificadamente, para efeito desta apresentação, podemos reduzir a duas grandes vertentes ideológicas o pensamento burguês que justifica a necessidade do Estado e o legitima. Ambas partem do direito natural do homem à liberdade e da crítica ao Estado absolutista. Este justifica sua existência pelo direito divino das monarquias ou pelo “contrato” através do qual os homens – para saírem do permanente estado de guerra em que, naturalmente, se encontravam –, abdicavam da sua soberania e a transferiam de forma absoluta a um rei. Esta era, para os absolutistas, a única condição pela qual os homens poderiam viver em harmonia: todos abdicavam de sua soberania para um Estado todo poderoso que, pelo temor e poder coercitivo, garantia a paz e a vida em sociedade.

Os dois liberalismos

A primeira dessa vertentes, a concepção liberal proprietária, possessiva, marca o pensamento de John Locke (1632-1704) que critica o Absolutismo não por seu caráter contratual (que já aparecia na obra anterior de Thomas Hobbes), mas pela justificativa do direito divino no qual os monarcas buscavam justificar seu poder absoluto. O direito natural para Locke é o direito à liberdade que, junto com o trabalho, sustenta o direito a propriedade: o Estado tem como objetivo defendê-la. E mais: esta deve ser a função essencial do Estado sob controle de representantes delegados com o direito de fazer as leis e aplicá-las.

A outra vertente é a concepção liberal “igualitária” de Jean Rousseau (1712-1778). Para ele, o contrato social pressupõe a idéia do direito natural à liberdade, mas também da igualdade como condição humana.

Esta introdução não é, pois, uma divagação teórica. Ela busca situar as origens do nosso debate sobnre a delegação de poder e permite que compreendamos que este não é um debate recente, constituindo-se há séculos num desafio para a humanidade.

As diferentes explicações teóricas e ideológicas desse processo expressam interesses sociais distintos ao longo da história e tem, até hoje, conseqüências diferentes no desenvolvimento político da humanidade. Este debate expressa interesses distintos de classes e frações de classe na passagem de uma sociedade de pequenos produtores, artesãos e agricultores saindo do jugo feudal, para a consolidação de uma nova elite dominante tipicamente capitalista. Ele dá a dimensão histórica de que estas concepções respondem a um momento da humanidade e que não são eternas, como não o foram as explicações de mundo do feudalismo ou da transição absolutista. São relações da sociedade e do Estado que podem ser alteradas pelo protagonismo dos agentes históricos.

Isso valeu para essa época e vale, evidentemente, para os dias de hoje. A concepção proprietária baseava-se na idéia de que o direito à liberdade é o direito à propriedade. O Estado é o “contrato” para garantir a manuntenção da propriedade e de outros direitos.

Nesta concepção sobre o Estado de Direito, tanto em Locke como nas formulações de Kant (1724-1804) pressupõe-se cidadãos com direitos desiguais em função da propriedade, “cidadãos independentes e cidadãos não independentes”. A estes, por sua condição de despossuídos, de não proprietários, não se poderia conceder o direito do voto, o direito à representação no poder de Estado, de preferência parlamentar.

Locke, apesar de sua visão laica e da defesa da tolerância numa época de intransigências confessionais, via o Estado (a sociedade política que resulta do contrato) como o que expressa a soberania, o poder coercitivo do Estado, inclusive o de condenar à morte!

O liberalismo igualitário de Rousseau

A outra concepção, o liberalismo igualitário de Rousseau, baseava-se na visão de que “os homens nascem livres e iguais”, ainda que ele também constatasse que, em sua época, “em todas as partes encontravam-se sob ferros”.

Se a frase traía a realidade do mundo em que vivia, onde os homens já não nasciam livres e iguais, como “desejava” o pensamento de Rousseau, esta fundamentação é riquíssima para expressar seu pensamento baseado na pequena produção e no artesanato, a realidade das pequenas localidades e/ou regiões que rapidamente começava ser superada pela acumulação capitalista.

Essa realidade vivida pelo autor foi suficientemente forte para que ele defendesse que a soberania do povo, formado por indivíduos “livres e iguais” não poderia ser transferida por necessidade e opção a um monarca como queriam os absolutistas, nem poderia ser delegada, no contrato, ao Estado Parlamentar.

Dizia Rousseau que ao ato no qual se realiza o contrato da sociedade política, onde o povo convenciona um governo, existe um momento anterior que é aquele em que o povo é povo e esta condição é a condição primeira, estabelecendo uma soberania que não pode ser transferida, delegada ou dividida.

Para que se mantenham as condições de liberdade e igualdade, onde nenhum cidadão perde sua soberania no processo de formação da vontade geral, esta não pode ser delegada ou transferida, a não ser para encarregados de executá-la, cujos mandatos devem ser revogáveis a qualquer momento.

A concepção utópica de Rousseau era irreal em um mundo que rapidamente se transformava com a acumulação de capitais, mas prenunciava o grande desafio para qualquer avanço democrático no interior das concepções liberais.

Liberalismo não é sinônimo de democracia

A partir destas grandes vertentes desdobraram-se, ao longo destes quase dois séculos, sistemas políticos representativos com características próprias, com diferenciações, mas alicerçados predominantemente na visão do liberalismo proprietário, possessivo. Desdobraram-se nas formas de repúblicas ou monarquias constitucionais parlamentares onde a soberania popular delegada ao Parlamento unifica as funções legislativas e executivas a partir das relações de forças no interior da instituição. Expressaram-se, também, nas repúblicas presidencialistas onde a divisão de poderes e competências é mais nítida e onde Executivo e Legislativo são eleitos por critérios distintos.

Nessa longa experiência histórica dos países liberais, já temos um elemento de debate e troca de informações em nosso seminário: os sistemas eleitorais. Estes também expressaram diferentes estágios de desenvolvimento econômico e graus distintos na organização política das classes e frações de classes na disputa nde espaços e representações dentro do sistema liberal.

Mas, principalmente, esse processo histórico deu visibilidade cristalina ao fato de que o liberalismo, ao longo desses dois séculos, não foi e não é sinônimo de democracia.

Dependendo do país, no século passado e mesmo neste, o direito à organização político-partidária e ao sufrágio universal foram conquistas duramente alcançadas. Ao longo do liberalismo, o exercício do voto foi elitista, excludente ou limitador: o voto censitário baseado na propriedade e/ou nos impostos dominou o século XIX.

No Brasil-Império excluíam-se os negros escravos, os índigenas, as mulheres, os pobres, enfim, a maioria esmagadora da população – situação que se prolongou pelas primeiras décadas do século XX. Afinal, todos estes não poderiam ser “cidadãos independentes”, como pensavam Locke e Kant, o que beneficiava a n oligarquia fundiária.

As lutas sociais pelo direito a sindicalização, ao partido político e a universalização do voto complementavam, assim, as lutas pela jornada e pelas condições de trabalho.

O socialismo e a crítica da representação

As novas contradições, os novos conflitos, as novas relações de classe produziram novas concepções político-ideológicas de explicação do mundo e das relações entre a Sociedade e o Estado. Ao par de reivindicações e conquistas sociais desenvolve-se uma nova concepção de mundo: o pensamento socialista.

Este, também, não é unívoco, mas na concepção marxista faz a crítica da concepção liberal, anfirmando – de forma esquemática – o caráter de classe do Estado, sua relação e subordinação aos interesses predominantes na sociedade na esfera da produção.

A igualdade do Estado de Direito não ultrapassa a igualdade jurídica do cidadão e apenas tenta esconder a enorme desigualdade presente na sociedade civil em função da propriedade privada dos meios de produção.

Afora a condição insubstituível de que o socialismo requer a superação da sociedade de classes e, portanto, do fim da propriedade privada, o marxismo não desenvolveu uma concepção de Estado socialista, no sentido de teorizar sobre novas instituições e sobre como seriam as relações políticas na nova sociedade.

Foram experiências concretas como a vivida pela Comuna de Paris (1871) e depois pela Revolução Russa (1917) que permitiram sistematizações teóricas e propnostas que retomaram o problema da representação política, da delegação de poder.

A curtíssima vida da Comuna, sufocada após pouco mais de dois meses, não permitiu as classes populares que a impulsionaram desenvolver um novo tipo de Estado. Mas aí procuraram, ao menos, constituir novas relações políticas onde predominavam critérios para diminuir delegações de poder, ampliar a revogabilidade dos mandatos, desconstituir as forças armadas substituindo-as por cidadãos armados e diminuir diferenças de remuneração entre os servidores públicos, visando não criar privilégios e favorecer burocracias.

A vitória da Revolução Russa inaugurou uma nova etapa na história da humanidade; ela propunha-se a constituir as relações políticas de um novo Estado, cuja grande pretensão e objetivo era, também, auto-extinguir-se junto com o fim da sociedade de classes.

O governo baseado em conselhos (sovietes) – que retomava o velho tema da delegação de poder – propunha-se a superar a mera igualdade jurídica e a distância do poder político da maioria da população. Através dos conselhos (sovietes) almejava-se fundirem numa só pessoa o produtor e legislador.

A experiência soviética não sobreviveu a guerra civil e ao processo de autoritarismo e burocratização que prevaleceu na luta interna na União Soviética. O partido único e a identificação deste com o Estado centralizador e todo poderoso afastou a possibilidade do fortalecimento da auto-gestão, da auto-organização e do controle democrático de um Estado planificador apenas “das coisas” e não um instrumento de dominação de classe, “das gentes”.

O “socialismo real” do leste europeu e da China e seus seguidores menores sufocaram este debate no campo da esquerda ao longo do século e o longo predomínio das experiências social-democratas ou de democracias burguesas liberais consolidou a democracia representativa como ápice do avanço político da humanidade.

O brilho foi ofuscado, certamente, pelo rosário de ditaduras militares e de autoritarismo populista que se sucederam na América, África e Ásia. Mesmo a Europa não escapou incólume, confirmando que o século XX ainda não seria o século da civilização.

Nas últimas décadas, o fim da “guerra fria”, o colapso das experiências do leste europeu e a falência da “doutrina da segurança nacional” na América Latina, consolidaram a democracia representativa em um grande número de países. Nos casos em que substituiram ditaduras, elas constituiram importantes nas conquistas políticas dessas sociedades.

A crise de legitimidade do sistema de representação

Não pretendo retomar a dinâmica e os mecanismos de funcionamento dessa experiência. Suas plenárias regionais e temáticas, sua organização a partir de um Regimento Interno produzido pelos participantes e que se aperfeiçoou ao longo da década de 90, foram objeto do primeiro painel deste seminário. Nosso objetivo, neste momento, é tentar refazer o elo de uma experiência concreta com esse debate teórico anterior sobre a democracia representativa e participativa.

Um método de atuação política

Para nós, essa questão é essencialmente programática, constituindo-se numa reflexão e numa prática do campo político democrático-popular, que as forças e partidos socialistas pretendem representar. A questão democrática é central em qualquer processo de resistência e superação ao neoliberalismo predominante. A democracia participativa, por seu potencial mobilizador e conscientizador, permite aos cidadãos desvendar o Estado, gerí-lo e estabelecer um efeito demonstração para outros setores da sociedade traduzirem este método para suas esferas da luta política e da competência administrativa. Nosso objetivo é estabelecer a ligação entre as questões teórico-programáticas e nosso método de construção de uma experiência de democracia participativa em seus elementos constitutivos.

Assim, as principais características da nossa experiência podem ser resumidas emn alguns aspectos suscetíveis de servirem de referência e de método, independente do conhecimento insubstituível de cada realidade, para outras experiências.

A primeira delas é a participação popular, direta ou indiretamente, como no caso de Porto Alegre onde a participação direta no Orçamento Participativo, regional e temática, não é contraditória com uma rede de conselhos municipais formados por representantes de entidades e associações que também influenciam, fortemente, nas políticas públicas.

A segunda característica é a prática direta, a ação insubstituível dos cidadãos nas reuniões, discussões e momentos de conhecimento dos dados, para que as pessoas se apropriem dos elementos necessários para decidir, formem comissões de controle, de fiscalização e tenham o espaço para a cobrança e a crítica. Quanto mais isto for feito diretamente, sem transferir para outros, sejam eles líderes comunitários, sindicais ou vereadores, maior e mais rápido será o avanço da consciência democrática.

A terceira característica da nossa experiência é a auto-organização, expressa na auto-regulamentação construída e decidida pelos próprios participantes num saudável exercício de soberania popular que não fique sempre a mercê de leis e decretos decididos por outros. A experiência da auto-regulamentação foi riquíssima, incorporando critérios que vinham da própria prática desenvolvida, como por exemplo, conselheiros com delegação imperativa e substituição ou revogação dos mandatos quando conselheiros ou suplentes abandonam ou não cumprem as funções assumidas.

Da mesma forma, a experiência e o debate entre os participantes levou-os a estabelecer também que funcionários da administração com cargos de confiança do governo não poderiam ser conselheiros a não ser que renunciassem a esta situação.

O regulamento incorporou, igualmente, critérios de proporcionalidade quando a comunidade não encontra consenso e a disputa envolve várinos candidatos a condição de conselheiro, bem como o espírito de solidariedade na hora de definir variáveis (população, carência de equipamentos públicos) para hierarquizar obras e serviços.

Ao concluir, quero reafirmar que a nossa experiência não é uma receita ou um modelo de exportação, mas uma prática que se soma a outras e com as quais queremos dialogar e aprender na busca de novos caminhos para nossas comunidades.

Nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre a sociedade e o Estado. Estas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais. A busca de uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade social continua sendo nosso horizonte histórico e nossa utopia para a humanidade. Obrigado.

*Raul Pont é prefeito de Porto Alegre (RS) e proferiu esse seminário por ocasião do Fórum Social Mundial de 2002.

Fonte: http://www.dhnet.org.br/.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Notícias de Curitiba

Durante o Seminário Estadual do Fórum DCA, realizado em Curitiba, obtive a informação extraoficial de que o Governo do Estado executará, dentro de 03 meses, programa similar ao PPCAAM (Programa de Proteção a Criança e Adolescentes Ameaçados de Morte), da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. É o que esperamos...

domingo, 8 de novembro de 2009

Estarei em Curitiba, segunda e terça-feira (9 e 10), participando de um seminário do Fórum DCA sobre Incidência da Política no Atendimento de Crianças e Adolescentes e Controle Social/Democracia Participativa. Quarta, estou de volta. Um abraço.

Processo CNJ


Conselho Nacional de Justiça

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PEDIDO DE PROVIDêNCIAS n. 200910000055552

Requerente: Advogados Pela Infância
Requerido: Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

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DESPACHO

Trata-se de denúncia de condições precárias de administração da Vara da Infância e Juventude de Foz do Iguaçú/PR, encaminhada a este Conselho para fins de apuração e determinação de providências com vistas à implantação de acompanhamento eletrônico de processos naquela unidade jurisdicional.

Diante dos fatos narrados na inicial, solicitem-se as informações necessárias ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, no prazo de quinze dias, em especial, se já houve alguma providência tomada no âmbito da Administração da Corte para averiguação dos fatos registrados nestes autos, ou, caso negativo, quais motivos que levaram à desconsideração dos fatos imputados.

À Secretaria-Processual para as providências.

Brasília, 19 de outubro de 2009.


WALTER NUNES DA SILVA JÚNIOR
Conselheiro

Esse Documento foi Assinado Eletronicamente em 20 de Outubro de 2009 às 18:49:56.


O Original deste Documento pode ser Acessado em: https://www.cnj.jus.br/ecnj.

sábado, 7 de novembro de 2009

Reunião do CMDCA/Foz


CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO ORDINÁRIA n.º 10/2009


O Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no uso de suas atribuições legais, CONVOCA os membros deste para reunião ordinária a ser realizada aos:

Data: 09/11/2009
Horário: 8h30min
Local: Sala de Reuniões da Secretaria Municipal de Assistência Social de Foz do Iguaçu

1- Expediente Interno:
1.1 - Leitura de correspondências recebidas e aprovação da ata da reunião anterior (Atas Ordinárias: 09-2009).

2 - Ordem do Dia:
2.1 – Apresentação de relatórios pelas comissões pertinentes, para deliberação da Plenária;
2.2 – Informações sobre a Visita no CENSE pela comissão de Política de Proteção Especial e FUNCRIANÇA;
2.3 – Informação sobre o Lançamento da Campanha FUNCRIANÇA 2009;
2.4 - Discussão e deliberação acerca da alteração da Lei 2.455/2001, sendo já sugerida a inclusão dos seguintes pontos na legislação: Previsão de um Coordenador do Fundo e Criação de um CNPJ próprio para o FUNCRIANÇA; Representação de servidores públicos como representantes de ONG no CMDCA.
2.5 - Resolução referendando a criação da comissão local do PAIR.
2.6 - Deliberação acerca da proposta da Política de Acolhimento Institucional.


MIGUEL DAL OLMO DE CAMPOS
Presidente do CMDCA